31 de janeiro de 2009

SITUACIONISMO

Quem por estes dias visitar o blog "abrupto" irá deparar-se muitas vezes com a palavra "situacionismo", e com um sistema de avaliação ao estilo dos filmes. A análise às noticias e ao modo como são publicadas é feita de uma forma criteriosa, avaliando as mesma numa escala situacionista, uma escala com os limites fixados em menos cinco e cinco, [-5;+5], menos cinco será a cotação mais apreciável para o autor e mais cinco o pior dos valores. Recorre também à cor para salientar a sua avaliação.
Não sei quais são os critérios do autor, mas a sua avaliação parece-me um tanto situacionista. O caso Freeport na capa do jornal, e com conotações negativas ao PM, noticia avaliada no verde. O caso vem na capa do jornal mas a letras pequenas, vermelho, vem no jornal e com conotações favoráveis ao PM, vermelho. Aberturas do telejornal, tempo dado à notícia parecem ser alguns dos critérios de avaliação.
Curioso, numa publicação do JN, um gráfico mostrando o tempo de antena de diversas figuras políticas em 2008, sem surpresa José Sócrates à cabeça e com uma larga vantagem para os restantes. Uma palavra para Manuela Ferreira Leite que "fala pouco, por isso é natural que não esteja muito representada, mas o seu lugar na lista também traduz orientações editoriais desfavoráveis." Ora se Manuela Ferreira Leite chegou à liderança do PSD a meio do ano é em parte justificável o seu tempo de antena. E se somados os tempo de antena do anterior líder do PSD e a actual líder este valor ultrapassada o tempo concedido ao Presidente da República.


A palavra parece-me muito bem escolhida, O PM então ministro do ambiente aproveita-se da situação em que se encontrava, é retomada uma investigação pelos ingleses, e esta situação é aproveitada pela oposição. Não há oposição que resista a uma tentação tão forte e diga-se que em outras situações o PM saiu por cima pois nada ficou provado, é o que pode acontecer, aliada a uma maioria que se pode vir a repetir.

"Os Situacionistas"

1 comentário:

Francisco S. disse...

Engraçada a forma como JPP brinca com o oportunismo político actual e com a interpretação que a comunicação social faz desses mesmos oportunismos. Ainda assim não confundir o actual situacionismo político em que vive a sociedade portuguesa, situacionismo este que urge o aproveitamento político, com a Internacional Situacionista, e os seus seguidores (situacionistas) que através do prisma inverso lançaram as bases para o Maio de 68, através de ideais políticos aliados às artes de cariz revolucionário.