26 de abril de 2008

Festejar a Ignorância

Pois bem. Mais um ano, mais uma queima. As gentes estudantis entram em delírio, principalmente os finalistas. Mas não seremos todos finalistas? Finalistas da vida digo, porque tudo acaba. E porquê festejar tudo aquilo que acaba? Porque vou para o desemprego? Porque o meu curso era assim tão difícil? Porque agora é que os meus pais me vão deixar de dar dinheiro? Porque vou embora da terrinha? Não. Eu também não festejo quando vou a casa de banho fazer as minhas necessidades. As pessoas festejam porque gostam de gozar. Queimam as fitas porque não gostam de estudar. A universidade é um tormento. E tirar um curso, uma licenciatura, um bacharelato é dificílimo, quanto mais um mestrado em Bolonha, que é muito comprido. Lamechismo de parte e concluo que festejamos todos a ignorância. Queimar as fitas é um jogo de crianças com idade para terem juízo.

23 de abril de 2008

A minha fala

Hoje li num jornal, não me recorda agora qual, Saramago a dizer que a sua língua, minha também, é a mais bela. «Este país é o exemplo de algumas coisas negativas, mas é o meu país. Descobri, há pouco tempo, que a língua mais bonita do mundo é o português. Talvez por viver no estrangeiro, comecei a saborear as palavras e a reconhecer a sua beleza melódica».
Sabe bem ler estas palavras, para mim. Estou a ver-me sentado a beira mar a contemplar os oceanos e a pensar no vazio, no além.
Do outro lado do oceano está também a minha fala. Que achado, aquele país do futebol a levar a minha fala para os quatro cantos do mundo. Ainda bem!
Se bem que haja muitas vozes discordantes no velho continente. Os velhos do Restelo. Nesta coisa do "Acordo Ortográfico ", na promoção da língua, parece-me que o Brasil está a tomar a iniciativa. Ora bem se nós aqui ficamos a dormir, e embalados com os sons da Inglaterra, pois muito bem deixem-nos "falar".

Posso ser pobre em matéria, mas a minha fala ninguém ma tira. A minha fala em Portugal na Irlanda no Brasil...

6. Igualdade e Conflito

As relações sociais

18 de abril de 2008

LOL

Já vi piores!

16 de abril de 2008

Estatísticas

Números da Guerra no Iraque. Para quando a retirada?

iCasualties

UTAD - concurso robotica na UA

Video

14 de abril de 2008

O Meu Filme Do Mês - Top Secret!


Release Date: 8 June 1984 (USA)
Peço desculpa pelo meu atraso e recomendo por isso um filme sério que provoca boa disposição...Uma comédia clássica dos anos 80 com pormenores fantásticos...

13 de abril de 2008

9 de abril de 2008

La lys 1918

«ficou mais conhecido pelo Soldado Milhões. Nasceu na paróquia de Valongo (lugar de Carvas) do concelho de Murça, em 9 de Julho de 1895. Em 30.7.1915 foi incorporado no Reg. Infantaria 30, de Bragança. Pouco depois foi transferido para o R.I. 19, sediado em Chaves. Dali é mobilizado para integrar o Corpo Expedicionário Português, constituído por 55 mil homens, entre oficiais, sargentos e praças para a I Grande Guerra (Flandres). Já em França é integrado no R.I. 15 que saíra de Tomar. Esses acontecimentos bélicos culminaram, em La Lys, no dia 9 de Abril de 1918, com o desfecho inglório para as tropas aliadas, a que Portugal pertencia e durante o qual se distinguiu o Soldado Milhais, que tinha o n.° 469. Quando a batalha estava, praticamente perdida, os mortos cobriam o chão e a esperança na vitória era nula, o soldado transmontano, completamente transfigurado, faminto e sem comandos a dar lhe orientações, teimou em fazer fogo com a sua metralhadora, à qual, ironicamente, chamava a "menina", iludindo o inimigo. Quando as suas munições acabaram abasteceu se nos seus colegas mortos, fazendo fogo em todas as direcções e levando o IN a pensar que se tratava de um exército numeroso e fresco. No dia 15.7.1918 a Ordem de Serviço n.° 15 do Batalhão publicava um rasgado louvor, conferido pelo Major Ferreira do Amaral, onde se exaltava a bravura e sangue frio do pequeno soldado (com 1,55m) que se chamava Milhais mas que valera por milhões. Daí o apelido por que ficou mais conhecido. Em 2.2.1919 regressou à sua terra, casando com Teresa de Jesus Milhais, de quem teve nove filhos. Em 8.7.1924 o Parlamento alterou, através de uma Lei, o nome da Povoação de Valongo, oficializando a como Valongo de Milhais. Sucederam se as condecorações, nacionais e estrangeiras, bem como os louvores públicos. Mas o heróico soldado não podia viver de medalhas. E por isso, em 1928, emigrou para o Brasil, na tentativa de angariar meios de subsistência. Ele era analfabeto e franzino. Como singrar em tão exigente país? Sucedeu que os seus compatriotas, ao saberem da sua presença, promoveram uma recolha de fundos que totalizou 18 contos e que entregaram ao herói Milhões, porque achavam uma indignidade nacional, ser aquele bravo militar obrigado a vida tão degradante. Regressou a Portugal, em 5 de Agosto desse ano, refazendo a sua vida. Teve depois, uma pequena pensão do Estado, relativa à Ordem da Torre e Espada. Mesmo assim, insuficiente para viver como herói nacional. Faleceu em 3.6.1970. A Câmara de Murça, no dia em que se completavam 100 anos do seu nascimento, promoveu uma homenagem nacional, inaugurando o busto na sua melhor praça.»
In i volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses,




Estão a rodar um filme sobre esta batalha da 1ª Grande Guerra, é de salutar por dois grandes motivos, um, a história da Primeira Grande Guerra está muito esquecida, é saudável recordar este período decisivo na historia do século passado, no qual Portugal esteve envolvido directamente. Segundo, é um filme Português, o que é bom, bem temos de esperar pelo produto final, mas a iniciativa é de Louvar .


8 de abril de 2008

Tibete Vs China



O Futuro de quem

Um blog com conotações exclusivamente políticas apresenta como Lema "O Futuro passa por aqui". O futuro para aqueles que lá estão, certamente. Saltando de ramo em ramo, até encontrar um poiso confortável. Não importam as ideias, porque o partido não pensa por ti, acomoda-te naquele que melhor te servir, senão procura outro melhor.

De fora tem-se uma perspectiva muito diferente da realidade na qual vivemos, visto daqui tudo parece tão pequeno.


A juventude em acção

6 de abril de 2008

Dia-a-Dia

4. Nós e os Outros

Uma sociedade Plural

5 de abril de 2008

Sons-dos-Montes (Março)

A minha escolha/sugestão para o Sons-dos-Montes é Niandra Lades and Usually Just a T-Shirt de John Frusciante. Este é um dos meus álbuns favoritos de sempre, o mais sincero que conheço e o único que me faz compreender completamente o significado de arte.
Foi editado em 1994 e deste então tem arrecadado uma colecção de críticas negativas de quase todos os avaliadores musicais reconhecidos. A razão deve-se ao álbum ser marcado pela despreocupação total com o público e sem qualquer sentido de enquadramento no mundo real. Este apenas reflecte o estado emocional de JF e contém alguns recortes da sua situação psicológica de então. Obviamente as semelhanças com álbuns experimentais são evidentes, quer nas letras, músicas ou qualidade de gravação.
Assim, só aconselho esta obra a quem estiver disposto a percebe-la.



"After departing from the Chili Peppers, John found himself in his LA house,strung out on drugs and severely depressed. Friends such as Gibby Haynes (Lead singer of the Butthole Surfers), River Phoenix (Talented young actor, died in 1993 from a Heroin Overdose at Johnny Depp's club, the Viper Room) & Perry Farrell (Lead singer of Jane's Addiction & Porno for Pyros) persuaded John to release a solo album, saying that there wasn't good music anymore.
John went ahead and released his first solo album, Niandra LaDes and Usually Just a Tshirt, through Rick Rubin's (producer of BloodSugarSexMagik) American Recordings label. "Niandra", (actually two albums. Niandra LaDes: tracks 112 & Usually Just a Tshirt: Tracks 1325 combined into one) is a journey into one's mind, in this case, John's. That might be a plain thing to say, but by the first minute into Niandra, you quickly know this is not just anyone's mind.
Niandra is like walking into John's apartment.
He sits you down and through every dimension imaginable, delivers every emotion and vibe that he feels at any particular point in time. A great factor to this is that he used a 4track recorder, and in some cases, a stereo system to record Niandra LaDes and Usually just a Tshirt. The album turned out to be a commercial flop, selling something in the ranges of 45,000 copies before it was dubbed as "out of print". Frusciante was & is still not concerned about this.
His feelings were that, if you have an open mind and allow yourself to see reality in it's truest form, and enjoy this album, that it is a success.
As stated before, if you truly have a sense for feeling you can enjoy this album. Fans of John's solo work, see his music as something so pure and honest, it can trigger any expression and/or emotion. That's certainly what Niandra does! As an incredibly gifted man, Frusciante can filter any emotion through his guitar and deliver something that very few artists can, Pure Expression.
Niandra was recorded during various times and places. Tracks were recorded before and during his involvement with the RHCP. A few tracks with the late River Phoenix were recorded during this timeline as well. But, a majority of the tracks on this album come from the time period in which John was strung out on heroin in his hollywood apartment, which burnt down several years after the completion of Niandra. It's like you're taken into this world where beauty flys high and corruption and addiction plays it's toll. The one thing about Niandra LaDes and Usually just a Tshirt is that, you either LOVE it, or you HATE it. There is no inbetween. An Avid and strict top 40 listener would find this album to be a waste of their time.
But chances are, if you're one who SEARCHES for music, instead of allowing the media to manipulate and control your emotional state & choice, Niandra turns out to be a fantastic and original masterpiece. There is nothing on this planet like it. There is simply no point in trying to compare this album to other artists and their work. Niandra is a lofi work of art, a musical gem and an emotional dependence for many."

Geração Micro-Ondas (Passividade e Utopia)

Não fazemos nada, podíamos ser os melhores.
Dormimos, era nosso dever estar acordados.
Não gostamos, dizemos que está tudo bem.
O que lhe aconteceu, a mim nunca me acontecerá.
Antes viver sobre o medo, do que ter a originalidade de o superar.
O crime compensa, a sociedade gera pessoas competentes.
Temos tudo embalado, não vale a pena criar nada.

Estas frases antagónicas mas complementares anunciam o futuro da nossa nova geração:
Geração Micro-Ondas. Não penses, compra. Não trabalhes, copia. Não te chateeis, sê feliz.

Depois das tão faladas Geração Rasca e Geração Tasse-Bem (a nossa), uma nova geração vai tirar o país do poço através do capitalismo. Ou não.

3.Mudar

O que mudamos?
Vivemos ou vamos vivendo?
Gostamos ou não gostamos?
Pensamos?

1 de abril de 2008

2. Ganhar o Pão

O que fazemos