31 de janeiro de 2008

A Arte do Losango

No minuto 89, o "trinco" Correia de Campos teve que ser substituído no Campo Municipal da Anadia, sob o olhar atento do árbitro Cavaco Silva, pois Campos já tinha um amarelo. Um adepto chamado Manuel Alegre insultava o treinador Sócrates, dizendo que o filósofo e treinador de bancada era ele. Logo a seguir Isabel Pires de Lima foi expulsa, por uma entrada por trás pouco culta. (Ainda falam do Bynia. Entradas deste nível só o Bruno Alves, que é um senhor do futebol e assim consegue nunca ser expulso).
O sistema de jogo teve que ser assim alterado de um 4-4-3 para um losango de contenção, onde o importante é reter a bola bem no centro, à espera do adversário. Mário Lino apresentava cãibras mas disse que jamais sairia das quatro linhas.
No final houve invasão de campo, mas o FC Governo acabou por ganhar 1-0. Sobre quem? Sobre todos. É a arte do losango governamental.

30 de janeiro de 2008

Coisas

Escrevam "find Chuck Norris" no google e façam a pesquisa "Sinto-me com Sorte".

28 de janeiro de 2008

Obrigado Pereirinha!

É sempre bom ver um cidadão de Mirandela chateado. Ele não admite, mas eu sei que estava.

27 de janeiro de 2008

Carnaval

O Carnaval em Portugal é estragado pela música brasileira... apenas

18 de janeiro de 2008

«À espera dos bárbaros»

"Desde ontem sinto-me mais seguro e confiante no Mundo e nos outros. A Ribeira, sempre na vanguarda da segurança, vai ter 13 câmaras de vigilância (até agora só havia uma no Porto, instalada pela Câmara na Praça D. João I, para legar à posteridade a identidade de quem se manifesta contra Rui Rio). E fico particularmente tranquilo por a minha privacidade (o que quer que isso seja) ficar devidamente protegida e as minhas imagens, se calhar acender um cigarro num local indevido ou me coçar inadvertidamente, ficarem à conspícua guarda do comandante da Polícia. O meu problema, agora, ao sair de casa, é o que devo vestir, verificar se tenho a barba feita, os sapatos engraxados, se não bocejo sem pôr a mão à frente da boca, se não atiro papéis para o chão, se não deito olhares inconvenientes em volta, e se sorrio sempre "com muitos e lavados dentes brancos à mostra" na rua, nos supermercados, nas lojas, nos parques de estacionamento, no Metro, nas auto-estradas, nos hospitais, nos estádios, nas caixas multibanco (ainda outro dia fui apanhado numa a fazer um trejeito de desolação ao consultar o saldo, desculpa lá, ó Grande Irmão). E, claro, se não me esqueço de pôr o capuz quando, numa livraria, compro um livro de Jean Genet ou de Margarida Rebelo Pinto."

in última jn 17-01-2006

Expiação

acto de expiar; penitência.

14 de janeiro de 2008

"Os Homens não são como os animais"

"Num caso e noutro, o referendo e o aeroporto, os governantes mentiram, desdisseram-se, negaram o que tinha afirmado, mudaram de opinião e de certezas, voltaram atrás, disseram que não tinham dito, não era bem assim, só queriam dizer que era isto e não aquilo... Neste exercício de garantir o que não é evidente para ninguém e de negar o que disse e prometeu, Sócrates foi absolutamente excelente. Revelou a convicção de um vendedor de persianas. Portou-se com a inocência de um escuteiro. Sócrates está convencido de que pode vender o que quiser a quem quer que seja. Basta ele falar, controlar a informação, negar a evidência, garantir as suas certezas e elogiar o produto!

Como os governantes não mudam de estilo nem de sistema, a não ser que a isso sejam forçados, já não vale a pena esperar pelos efeitos correctores desta semana nos seus comportamentos. Mas a população assistiu. Viu. Pôde tirar conclusões. Se, como os animais, os homens aprendessem com a experiência, esta semana teria sido gloriosa. Ficaria na história como um dos momentos altos de aprendizagem da arte de ser governado. Perder-se-ia rapidamente a confiança em Sócrates. Este Governo teria o desfavor público. A competência técnica, a seriedade e as promessas do Governo passariam a ser motivo de gargalhada e desprezo. Infelizmente, parece que os homens em geral e os portugueses em particular não são como os animais. Não aprendem." (António Barreto)

"Entretanto, o país cai, o pessimismo dos portugueses cresce e a economia está praticamente em coma. O ano de 2008 vai ser mau e, provavelmente, péssimo. O cidadão comum sabe que depende do preço do petróleo e do que suceder na América e em Espanha. A insegurança é grande. O que, em princípio, prejudicaria Sócrates. Mas não. Sócrates vive da insegurança. Cada vez que lhe chamam autoritário, cada vez que (justamente) o acusam de pôr em perigo a democracia e a liberdade, os portugueses, como de costume, agradecem a existência providencial de um polícia. Um polícia que manda e que proíbe; e que fala pouco. Não querem a barafunda por cima da miséria; e preferem a miséria à barafunda. Num mundo instável e confuso, Sócrates sossega. O resto é acessório." (Vasco Pulido Valente)
Excertos do jornal Público

12 de janeiro de 2008

DESCRIMINAÇÃO

Já que veio à conversa as Amdromedas e as Looks, eu considero uma vergonha e uma descriminação da nossa sociedade o facto de haver noites das mulheres em que elas não pagam ou pagam diferente dos homens. Não é admissível que num país que diz que os diferentes sexos têm os mesmos direitos e que não há diferença simplesmente por ser homem ou mulher, e que gozamos e criticamos fortemente a cultura árabe pelo facto de descriminalizarem fortemente as mulheres. E achamos normal ir a uma discoteca e primeiro entram os casais, só entram os homens se forem acompanhados por mulheres e com preços diferentes. E abrimos a boca quando uma mulher muçulmana não pode viajar sem o marido ou com a autorização do mesmo. Elas pensam-se as maiores quando isto acontece, mas não passa de uma maneira de ter numa festa mais mulheres que homens. Isto tudo a pensar nos homens.
Cada vez me desiludo mais com este tipo de sítios…


11 de janeiro de 2008

Publicidade Gratuita

Deixo aqui um apelo: Matem as pessoas que põem publicidade nos carros!... alias que nos encharcam o carro de lixo. Eu bem sei que elas não têm culpa, mas mereciam morrer. Não me venham com aquela de dar emprego ao homens do lixo, porque esses apenas recolhem o que é necessário limpar. E agora eu pergunto: Todo o mundo é ecológico, ninguém gasta água, os políticos andam de transportes públicos, os presidentes de câmara comem reciclagem, a linha do Tua que se lixe, e o poluidor sou eu? Por isso é que deito sempre para o chão esses vermes da sociedade, romanticamente chamados de publicidade gratuita ou flyer's de promoção. Isso não é publicidade meus amigos, nem isso nem a quantidade de papéis que nos deixam nas caixas do correio. E quem me explica isto?
Por favor senhores da Look's e da Andrómeda, é favor não deixarem MERDA no meu carro.
Atenciosamente, fica a nota.

10 de janeiro de 2008

Sons-dos-Montes


Antes de mais uma nota em relação ao atraso desta rubrica: lamentável. Visto esta ser a mostragem de Dezembro, posso dizer que me atrasei um ano a publicar o meu álbum do mês.
Ainda assim nem tudo são más notícias. Por alturas de frequências e alheado da sociedade, porque sim eu não estudo nas férias, resolvi trazer à baila aquele que por ventura será o "meu" álbum de 2007. Chamam-se Ulver, são noruegueses e começaram a carreira a tocar Black Metal. Actualmente? Acho que são dos projectos mais imaginativos da actualidade ao fundirem música ambiental de cariz obscuro e depressivo com ritmos experimentais apocalípticos. O álbum chama-se Shadows of the Sun e propõe uma viagem bem antagónica para quem o ouvir. Porquê? Minimalismo ao mais alto nível. Se tudo é triste, horrível e vivemos no medo porquê chorar quando podemos fazer construções sonoras? Deve ser isto que os Ulver questionaram quando avançaram para a composição desta obra. Para os mais sofredores chequem também os álbuns anteriores como o bem mais iluminado Perdition City ou o mais maquinal e desumano Blood Inside.
Se todas as paisagens fossem pintadas pelos Ulver o mundo era tão triste, mas tão chocante que até arrepiava...mas afinal já não o é?

9 de janeiro de 2008

expressarte - Robert Venosa cicle

"The Fantastic Realism art of Robert Venosa has been exhibited worldwide and is represented in major collections, including those of noted museums, rock stars and European aristocracy. In addition to painting, sculpting and film design (pre-sketches and conceptual design for the movie Dune, and Fire in the Sky for Paramount Pictures, and the upcoming Race for Atlantis for IMAX), he has recently added computer art to his creative menu. His work has been the subject of three books, as well as being featured in numerous publications - most notably OMNI magazine - and on a number of CD covers, including those of Santana and Kitaro.




New York City born, Venosa was transported into the world of fine art in the late 60's after having experimented with psychedelics and having seen the work of the Fantastic Realists - Ernst Fuchs and Mati Klarwein (que foi exposto no mês passado aqui no expressa-te) in particular - both of whom he eventually met and studied under. Of his apprenticeship with Klarwein, Venosa says, "What a time (Autumn, 1970) that turned out to be! Not only did I get started in proper technique, but at various times I had Jimi Hendrix, Miles Davis, Jackie Kennedy and the good doctor Tim Leary himself peering over my shoulder to see what I was up to.


That loft was the energy center in New York, and I reveled in it. And somehow, miraculously, in the midst of all the nonstop pandemonium taking place every day I learned to lay the paint down properly. Even though it was ever put to the test , discipline was one of the more important necessities that Mati emphasized and - through his own adherence - strongly impressed on me: I could only join in the festivities after my work was done and all brushes were washed. Mati taught well the techniques of painting and, even more relevant, of quality living. I'm honored to have been one of the fortunate few to have studied with him."
Venosa moved to Europe in the early 70's settling in the celebrated Mediterranean village of Cadaques in Spain, where he enjoyed the honorable and mighty pleasure of getting to know and hang with neighbor Salvador Dali, as well as the numerous notables in the world of art and literature who gravitated to that magic locale. Much of Venosa's work and attendant exploits have been published in his book, Noospheres (Pomegranate Artbooks). In it Venosa talks of the attitudinal complications of his returning to the U.S. after years of living in Europe: "In 1982 - due to a number of commissions, commercial allurements and a burgeoning recognition of my work afforded through extensive exposure in OMNI magazine and on record album covers - I started traveling to the U.S., dividing my time there between New York and Boulder, Colorado.
Enjoying the clear, clean mountain air and relatively sane consciousness of its populace, I settled on Boulder as my base in the States. Compared to the raucous, colorful activity of Cadaques, Boulder appeared somewhat anorexic. But the siren of success, along with the Muse of Mammon, wailed a seductive tune, irresistible in its promise but demanding in the changes deemed necessary if I were to sing along: The Merry Mediterranean mirage would have to give way to the Aggressive American Kindergarten for a season or two. There would be exhibits to arrange, press releases to disseminate, collectors to romance, critics to confuse and an entirely new sense of art to cultivate. My idea of art, as previously understood, would require major surgery if I were to immerse myself in the American standards and expectations of what that word represented.
The admiration and aristocratic respect given the artist in Europe is stripped clean upon arrival in the U.S. as these architects of culture are transmogrified into novelty items and entertaining curiosities. The centuries-old tradition of dedication and perfection while working in the solitude of a tranquil studio at the limited speed allowed by brush and paint is left at the gates of the rapid-fire, nonstop, instant-sensual-gratification American sitcom culture. Trying to compete in the fast lane of the high-velocity illusions and banal delusions of movies and TV poses a problem for the painter and his two-dimensional immobile images. Nevertheless, the challenge, then as now, of affecting the consciousness with more eternal value cannot be denied, and so, combining the historical deep roots of European culture with the dynamic of America's youthful energy, an attempt is constantly made"
Presently Venosa maintains studios in both Boulder, Colorado, and Cadaques. He also devotes a few weeks each year giving workshops at such institutes as Naropa in Boulder, Skyros Institute on the island of Skyros in Greece, and Esalen at Big Sur, California."
extracted from http://www.venosa.com/bio.html

Two Spheres

Garden Of Delights

Full Moon

Robert Venosa - Cristal Bay

Robert Venosa - CELESTIAL TREE , Print Edition , 27 X 22

Robert Venosa - DMTree

Robert Venosa - Ayahuasca Dream

"Bravo Venosa! Dali is pleased to see spiritual madness painted with such a fine technique."Salvador Dali words.

7 de janeiro de 2008

Divagações sobre divagações...

Descobri que o meu post sobre a "peça" (esta aqui por baixo...mais a baixo não é esse, é o outro, esse) passou ao lado de ser um post "fantasma". Pois, se eu na altura que o fiz, soubesse que o Pinto Balsemão está em guerra com o primeiro ministro (sobre o quê nao sei...porque li só o título...já estou com sono o que é que querem...mas tem a ver com um canal e deve ser de televisão (penso eu mas como estou com sono não confiem!!!)...) então estava tudo explicado...visto que a sátira na reportagem tinha um fundamento...claro que continuava a ter piada mas piadas com fundamentos, sobretudo se visam contundir os outros, não têm tanta piada...(Fica aqui um agradecimento ao Meireles por ter descoberto o vídeo de tal reportagem (está nos comentários)...eu ainda o procurei mas como estou com sono desisti cedo)
Ainda há mais. Depois, li também a notícia sobre o director geral da ASAE (quem não souber o que quer dizer ASAE que procure porque eu estou com sono já disse!!. Já agora aproveito para dizer que nesta notícia o título foi suficiente porque eu já sabia bem a história..."porreiro, às vezes ver TV dá jeito" pensei eu) e o facto de ele ter sido apanhado a fumar no casino...tratata...sim vocês também já sabem a história (bendita TV!!!) leva a que o meu post sobre "dizem que é uma especie..." (agora é que é esse!!!) seja congratulado com mais um facto da vida real que prova que ser moralista não compensa...
Agora para concluir: meus amigos perdi o sono...

6 de janeiro de 2008

Diz que é uma espécie de sopro no balão...

Bom, dando asas à minha inspiração de comentador de programas televisivos trago-vos mais um relato. Desta vez toca aos gatos fedorentos e ao seu programa "Diz que é uma espécie de réveillon". Como hoje tive oportunidade de ver (está a dar agora, mas esta parte já vi no dia 1 à tarde quando estava de ressaca (não, não hoje não estou de ressaca, só me apetece estar alienado...)) numa parte desse programa, o Ricardo Araújo Pereira faz um apelo às pessoas para o facto de se beberem não conduzirem. O curioso é que na imagem seguinte aparece no lado direito do ecrã uma pessoa a colocar o copo no centro da mesa e a indicar a outra para o encher. Este pormenor é subtil eu sei, até insignificante (acreditem, não me ia levantar do sofa para escrever uma merda destas!!!)...Mas é só para demonstrar a imprevisibilidade da vida já que o José Diogo Quintela foi apanhado nesse dia (ainda devia ser de noite mas a noite faz parte do dia!!!) com excesso de álcool (com uma taxa de 1,6 g/l)...Moral da história: não sejas moralista!!Ou então, se vais apelar a alguém para não conduzir se bebeu, tenta ter a certeza que vais de táxi ou à boleia para casa...Ou então faz como eu, não faças desses apelos e assim já podes ir descansadinho para casa...bêbado...no teu carro...(espero que vejam uma ponta de ironia nesta última frase porque se dar lições de moral pode não ser bom, dar maus conselhos pode ser ainda pior...)

Cantar das Janeiras - A peça

Não posso deixar passar em branco a qualidade satírica de uma peça sobre o dia de reis (cantar das janeiras) do presidente da república e do primeiro ministro exibida na sic (jornal da noite).Tirando o rigor jornalístico (ou a falta dele) da peça (o que devia ser o mais importante!!!), tenho a dizer que a qualidade humorística do autor(a) é soberba, assim como da narradora (que não sei se corresponde ou não à autora) pois acaba por ser a protagonista da peça quando no seu papel de jornalista coloca ao primeiro ministro a questão "E então que música é que vamos ouvir no ano de 2008??"(ou algo similar a isto...).Digamos que o meu humor já teve dias melhores (não há tempo para o exercitar e depois acabo assim, a achar piada a telejornais!!), mas que esta peça me fez rir com prazer, ai isso fez...(penso que amanhã a peça não será exibida mas pelo menos (para os interessados) ela deve voltar a passar na sic notícias).

4 de janeiro de 2008

ip 4 death



sem comentários...(para quê comentar algo que toda a gente já sabe...A 4 peace...daqui a uns anos dizem eles...daqui a quantas vidas pergunto eu?????!!!!)

3 de janeiro de 2008

O Meu Filme Do Mês - "The Wind That Shakes The Barley"

"Brisa de Mudança"


Recordo-me de ver este Cartaz no Cinema, e que na altura chamou a minha atenção, mas já não me recordo porque não o fui ver. "Este" mês e atarefado com as compras de última hora, para a época festiva que está a acabar, encontrei-o por acaso na prateleira de um Hipermercado, como que à minha espera.

«Cork, Irlanda, 1920.
Damien (Cillian Murphy) abandona a sua promissora carreira de médico depois de ter visto um amigo ser brutalmente assassinado por um soldado britânico. Guiado por um forte sentido de honra e amor ao seu país, Damien junta-se ao irmão Teddy (Padraic Delaney) e alista-se numa unidade do Exército Republicano Irlandês, com o objectivo de derrotar as forças de ocupação britânicas. Após uma luta violenta, as duas panes concordam em assinar um tratado para terminar com o derramamento de sangue. Contudo, irrompe a guerra civil e tanto as famílias como as amizades que lutaram lado a lado estão, agora, uns contra os outros. Damien e Teddy acabam por se encontrar em lados opostos do conflito, pois Damien considera que a tratado não vai devolver a Irlanda ao controlo dos irlandeses, e colocam a sua lealdade à prova.»

Uma das criticas que na altura, da sua estreia em Portugal, me lembro ter ouvido era a de que o filme tinha um carácter político e não era imparcial, agora depois de ter visto o Filme fiquei com essa mesma sensação. Mesmo assim um bom filme.