Por mim acabava-se já com o direito à greve em Portugal. Chocados? Façam greve de fome. Deitem lixo para o chão. Saiam nús para a rua. Entrem para o guiness. Façam cambalhotas. Agora greve? Isso é de meninas e incompetentes. Depois aparecem uns todos contentes a dizer que se baldaram massivamente com a língua de fora como os putos da primária, e outros também contentes mas mais enervados a argumentarem que tiveram casa cheia. Haja paciência para os aturar a todos. Raios os partam!
É que isto de greves é muito bonito e singelo, mas nós como portugueses que somos temos que admitir que fazemos greve desde que nascemos. Todos os dias fugimos à nossa responsabilidade, todos os dias criamos uma realidade alternativa, sempre naquela de adiar o difícil e apalpar o fácil. Como a fruta no mercado. Temos que ser realistas. Vá lá, eu sei que é difícil, mas tentemos. Fazemos greve à 10.000 anos depois entre Vénus e Marte. E ainda assim queremos mais. Queremos sempre mais. Menos trabalhar. Isso nunca. Se podemos viver a vida, vamos envolver-nos demasiado nela? Qual o sentido de tudo isto? Um dia seremos honestos e em vez de entregarmos atestados médicos e essas tretas fazemos greve para bem do país, ou da nação, ou da pátria, ou do descanso, ou do dinheiro, ou da nossa saúde, ou da saúde dos outros, ou da educação, ou da educação dos outros. Do tipo eu sou mau, vou fazer greve, só porque não tenho dinheiro para comprar um par de meias para oferecer no natal. Zás trás! Vai buscar!
Por isso eu digo: greve nunca mais! Era inventar uma poção mágica e inutilizar os grevistas mentais. O pior é aqueles que sem fazerem greve, morrem cansados. Só tenho Pena desses, como a Nª Srª.
2 comentários:
O direito à greve em Democracia
Na minha opinião a ultima greve da função pública é mais do mesmo… como o Natal, sempre igual! Os sindicatos dizem que ouve 80% de adesão contra 20% defendido pelo governo. É sempre assim. Esta greve não teve qualquer efeito nem demonstrou qualquer descontentamento. Uma greve de apenas 1 dia, a uma sexta-feira e para quem ter em emprego é uma dádiva (principalmente professores e enfermeiros), nunca funciona.
Claro que deve-se ter o direito à greve, de protestar com o que está mal e lutar por “regalias” que agora se tem visto perder e que foram ganhas ao longo o tempo com muito sacrifício.
A população, em geral, consegue ter uma vida confortável devido a outrora muitos grevistas e protestastes terem dado o sangue pelas injustiças.
Quanto a mim o problema nestes sindicatos e grevistas é a cor politica. Faz-se greve quando a cor não corresponde ou vice-versa. Conheço uma escola secundaria que quando à greve dos funcionários públicos e a cor politica corresponde à da presidente da escola, essa escola não fecha nem que não haja cantina nem que não tenha as condições mínimas e a presidente vai mais cedo para abrir os portões e as salas porque os funcionários não apareceram.
Greve sim mas bem feita.
E ninguém diz mas um professor por fazer greve é-lhe descontado 100€ no ordenado, o que não acontece se faltar num outro dia.
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