Constatações

Cada vez que ouço o nosso PR, mais me vem à cabeça a ideia de que Salazar ainda nos pisca o olho ao virar da esquina. E nós rimos, e geralmente perguntamos "quanto é?" num tom essencialmente nostálgico.
Há dias, ontem para ser mais conciso, num discurso do Prof. Aníbal compreendi que o ultra conservadorismo que ele revela não se coaduna com a sociedade que eu e tu abarcamos. As pessoas ou têm graça ou não têm. Piadas forçadas envolvendo assessores, sem culpa nenhuma diga-se de passagem, televisão (TVI e respectivo caso Moura Guedes, que se foi um acto político, foi dos melhores nos últimos anos) e jornalistas são degradantes quando o seu objectivo é passar a mão no pêlo público, ou seja, nas pessoas. E eu pergunto, ou melhor, questiono: "Foi mesmo o seu assessor que lhe preparou a pápa Sr. Presidente da República?" Que eu saiba as eleições presidenciais não são as de agora. Talvez se fosse o Manuel Alegre, numa mesma ocasião, teria recitado uns poemas radiofónicos ou exposto uma síntese sobre o estado do jornalismo português, o que se adaptava perfeitamente à situação, uma vez que a cerimónia era um evento onde se premiaram os jornalistas portugueses do contemporâneo.
Depois de ver duas vezes fragmentos deste tal discurso, cheguei de facto à conclusão mas concluída do mundo: o nosso PR é o homem mais politicamente correcto do mundo, é um "nim" em pessoa. E isso irrita-me, geralmente aos feriados.
Mas...agora imaginem ser Manuela Ferreira Leite a próxima governante do nosso país. Primeiro pertence à mesma linhagem conservadora de Cavaco Silva (direita da dura, daquela que "somos maus, mas baixinho") e depois, não menos importante, é feia.