15 de dezembro de 2008

Trabalhando ideias

Hoje deu-se uma manifestação em Vila Real, os manifestantes, trabalhadores do estado no sector das florestas mostravam-se preocupados pois o governo decidiu coloca-los na lista de 'mobilidade especial'. As razões talvez sejam apenas de ordem económica, mas o que me chamou atenção foi o facto de numa entrevista alguns dos trabalhadores afirmarem que nunca haviam trabalhado na sua profissão.
Em situações de aperto a gente sempre se desenrasca, a necessidade faz o hábito, o problema (ou a talvez não) é que estes trabalhadores não eram jovens, estavam lá para o trabalho.
Se o trabalho que foram desempenhando ao longo dos anos não seria aquele que mais lhes competia, o resultado não poderia ser positivo, mesmo que as consequências só se viessem a notar muitos anos depois.
Os trabalhadores têm todo o direito a protestar, o que é certo é que durante anos foram-se acomodando ao 'trabalho' sem protestarem por estarem a desempenhar um trabalho para o qual não tinham sido contratados. O Estado não fica livre de culpas porque também ele durante anos permitiu, e incentivou esta situação.

Cada um na sociedade terá as suas tarefas, quando começamos a misturar tarefas e competências dificilmente sairá algo de positivo. Se um jardineiro for incumbido de tratar da cozinha da cantina, muito possivelmente não sairá um grande cozinhado. Assim como um jovem que tenha fracas competências académicas aspire a um título com a única finalidade de exercer cargos públicos, para os quais nunca adquiriu competências, certamente que o cozinhado que o estudante andou a fazer pelas universidades não resultará em coisa boa.


E se fôssemos todos profissionais?!

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