José Eduardo Moniz é um mito na televisão portuguesa e capaz das mais variadas peripécias e contradições.
Então não é que agora passou a importar-se com as contas da RTP?
Realmente todos nós deveriamos importar-nos. O engraçado é que não foi dessa opinião quando apoiou a minimização dos espaços publicitários nas estações públicas em troca de programas televisivos podres e decadentes.
Além disso, não me canso de ler o seguinte comentário que fala de mercado indigente, alargamento da oferta e sociedade desenvolvida:
"Até o lançamento de um Quinto canal, num mercado indigente como o nosso, criará ainda mais dificuldades. Os próprios promotores irão sentir, eles mesmos, na pele, o dramatismo da situação. Nada tenho contra o alargamento da oferta em termos conceptuais e numa sociedade desenvolvida. Na presente conjuntura, e numa lógica de crise económica profunda como a que se vive, a fragmentação vai enfraquecer todos, a bem de quem está no Poder e do seu instrumento televisivo preferencial, que pode sempre recorrer ao poço sem fundo do Orçamento do Estado."
É como ouvir uma elegia de Hitler sobre o genocídio...
Acho que não consegui esconder a minha admiração por este Senhor. Espero que não! Esquecendo os valores da oferta, vou ficar muito contente por não ter de ouvir os comentários da TVI quando estiver a ver futebol, nos próximos 2 anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário